14 abril 2013

What if

Sinto sempre tantas coisas dentro de mim e nunca sei como me exprimir... Uns têm o dom da pintura, outros da música, ou de qualquer forma de arte.
A escrita por vezes é a única saída para o turbilhão de pensamentos ou ideias que passeiam sem rumo na minha cabeça. Mas ainda assim acabo por não conseguir pôr por palavras aquilo que sinto. Ou quando o faço não é igual ao que está cá dentro.
Começo agora a sentir que talvez seja um hábito que se adquire. Que se começar a fazê-lo, ainda que mal, que talvez as palavras se assemelhem a mim. Quiçá...

28 janeiro 2013

isto é só o início...

quis estabilidade e consolidação. foi o objectivo de 2012 e foi um objectivo cumprido. quis saber quem era e para onde ia. e consegui saber e fazer-me como sempre sonhei ser.
 
imediatamente antes de chegar 2013 disse que seria um ano de mudança, tanto pessoal como profissional.
 
comecei a enviar CV's no dia 2 de janeiro, sem saber muito bem se queria continuar a ser advogada, mas a não querer desistir de tudo tão cedo.
 
numa noite, naquela noite, tinha de sair. tinha de ir àquele sítio específico. não sei porquê, aos meses que não me apetecia, mas naquela noite, chateei tudo e todos e fomos.
ao chegar, encontrei-te. à primeira vista nem te reconheci, mas no minuto a seguir soube quem eras. e o que queria.
as palavras que trocámos antes de nos entregarmos às trocas de olhares não indiciavam o que se seguiria. as palavras são equívocas, porque nunca dizemos aquilo que nos vai na alma, e procuramos dizer o que não nos denuncia. porque há jogos que têm de ser jogados, meias palavras e olhares sedutores completam a estratégia.
não sou de tomar a iniciativa, de convidar algém para ir beber um copo comigo, mas contigo fez sentido. fez sentido sair da minha confort zone e dirigir-me a ti, agarrar-te pela mão e dizer vamos ao bar. fez sentido beijar-te (ou foste tu quem me beijaste?, não sei, ambos queríamos, estávamos tão próximos).
 
o que não faz sentido é eu não saber se me queres beijar agora, se me queres ver, saborear. não faz sentido ter tempo para estarmos e não o fazermos.
pensei que havia qualquer coisa entre nós, desde aquela primeira vez fuga em que falámos e nos conhecemos e que percebemos que temos tanto em comum. o que nos diferencia é o que nos faz ficar tão bem juntos.
 
fui estúpida, desculpa. bem sei que não tenho o direito de ficar chateada. afinal, qual é a obrigação que tens para comigo? mas quero-te. especialmente quando não temos horários a cumprir. eu disse-te que tinha mau feitio.
pedi-te desculpa. viste? não quero que fiques a pensar mal de mim, mas sim, importo-me que prefiras ficar em casa em vez de me veres e beijares. não devia ter sido bruta, mas responder torto faz tão parte de mim como respirar (não tão frequente, mas inerente). já te deixei ver mais uma parte de mim, sempre reservada àqueles que me são próximos, aos meus.
 
não sei o que vai acontecer agora, não sei se me queres novamente, com defeito e estragada. mas podes sempre ver que eu tenho todas aquelas características que dizias que querias numa namorada. e apesar de ser independente preciso de ti.

07 janeiro 2013

Do I?

Admito que isto de não saber o que se quer é uma maçada. Andei eu 10 anos a estudar para ser advogada e agora decido que não quero fazer isto. Mas também não sei o que quero fazer. Não é para mim andar a brincar com a vida das pessoas, ser o fiel da balança que pode fazer pender para um lado ou para o outro o bem-estar, físico ou económico de alguém. Tenho o coração ao pé do cérebro, não consigo dissociar nada de nada.
Novo ano é significado de nova vida. E decidi desde cedo que 2013 seria um ano de mudança. Pessoal e profissional. Como não sei, mas ainda nem uma semana do novo ano passou e temos muito tempo para pensar nisso.
Mudar de carreira. Dito assim parece tão fácil. Mas quando temos de o dizer em voz alta, para nós mesmos ou para os outros, especialmente aqueles que nos pagaram toda a educação e formação tendente a essa carreira, tudo se torna angustiante, negro, triste e desconsolado. Temos vontade de chorar por estar a desiludir quem nós acabámos por iludir. Isto sem contar com aquilo que nós próprios sentimos, como se nos estilhaçássemos inside out. i’m broken. Irremediavelmente e já há muito tempo. Como dizes isso aos outros? Como fazes para seres e comportares e sentires como um ser humano normal?

 

02 outubro 2012

não me sai da cabeça

eu não quero fazer isto para o resto da vida. não quero passar o resta da vida sentada a uma secretaria, em frente a um computador, sem ver a luz do dia (não é bem assim, mas nos dias em que não há nada para fazer numa sala de audiências, numa secretaria judicial, num notário ou numa conservatória, é assim que se passam os dias).
quero falar. é o que mais gosto de fazer, falar de tudo e de nada, coisas interessantes e/ou importantes ou conversa jogada fora. quem me conhece sabe que isto é um retrato fiel.passo mais tempo sentada sozinha entretida com papéis e textos e peças processuais do que no contacto com as pessoas. e não gosto.
gosto da parte da advocacia que te obriga a conviver, a falar e a adaptares-te aos diversos intervenientes. gosto de estar rodeada de pessoas e animação, mesmo que seja no ambiente de trabalho. sempre me dei bem a estudar em cafés, melhor que em bibliotecas onde ninguém pode falar!
se bem que gosto, aprecio e faço gale em ter os meus momentos, de olhar para dentro e ficar só comigo. mas sou eu que escolho o momento ou ele se materializa à minha frente como se tivesse aparecido (esta é tão harry potter!!). não gosto que me seja imposto, quando actualmente parece que tudo é.

voltei, voltei

a vontade é coisa que vai e vem. mas enquanto há coisas que não podem ser adiadas, outras há que ficam arrumadas a um canto.
deixou de me apetecer escrever. e pura e simplesmente deixei de escrever.
agora que voltei a trabalhar, a ter os meus dias preenchidos com mil e uma coisas a fazer, parece que preciso de soltar alguma coisa (qualquer coisa, sei lá o que lhe chamar) que se vai acumulando.
acho que voltei.

12 julho 2012

Será...

que o passado se repete? Ou voltamos a antigos encontros sem cometer os erros que tão presente temos na memória?
Perguntas, perguntas, no entanto sem vislumbrar resposta. Deixar a vida passar continua a ser o lema...